Clarividente, um Rimbaud contorciona o espírito
E grita, e mija, mija na batina do eminente
Um tal de ato colorido e inconseqüente
Ele rola pela grama.
Ele sorri. Seu sarcasmo é iliterário e irredutível
Despenca de altos rochedos um ébrio barco
Cheio de absinto.
No no no no no no no no no no no no no no no.
Gramas, outeiros. Uma bíblia e uma conspiração maçônica
Verve pelos pêlos patriotas
Ri, e baba cheio de mosto. Idiotas!
Grita ele, sem saber exatamente.
Acreditem no decassílabo, acreditem na rima
Acreditem nos brancos versos
Impregnados de negrume da alma
Creiam nos desfechos mal elaborados.
Siga aquele garoto que fala latim!
Entra num americano táxi cinematográfico
O tal de Arthur mija na crítica
Ele mija em si mesmo
Porque sua alma é apócrifa
E aleatória em seus reflexos.
Poetas de meia-hora
Tomem cuidado com o Jean Nicolas
Tenham cuidados com seus sonhos
E sua maldição premeditada.
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