A candura desta alma vai vertendo
E semeia a paz, o amor, a tolerância
E constitui tenaz a existência
De um sóbrio anjo que vive amando.
O anjo é você, vou te gritando
Nas ruas de minha trágica indecência
Brados de paixão sagaz, de pura ânsia
E tudo o mais o que ditar seu mando.
Sigo, à luz da razão te iluminando
E louvo tua santa complacência
Pois que, a emoção te aquecendo,
Vou eu te vassalando e te querendo
Por pouco não perdendo a paciência
Por menos não rasgando o meu manto.
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