Um lago, doces cheiros, vento lufa
O boto passageiro rasga o leito
Explode as águas em seu vasto peito
Algas são servis pantufas.
Entre pombas surge uma linda fada
Que entrelaça o mormaço, ar perfeito
Não há nada que se iguale a tal feito
Ela clara se transborda.
Seus vestidos são brisas, pés são bruma
Que enternecem os lagos desditos
À face d’água saúda os beneditos
Que lhe respondem com amor e reverência
Doces tartarugas e jacarés pacatos
São seus súditos.
E com o pincel da beleza, sons sutis, doces sabores, macias carícias, e um perfume irresistível hei de abusar de tua bondade. Você já sabe o proceder: roupas ao chão, corpo suado, etc. O melhor vem depois, um semi-pensamento situado no futuro, não pensando no futuro mas sim ele próprio lá no futuro, atrasado no presente e presente no passado. Após estar contigo não cuido se o sol atrasou ou faltou; não há preocupação, há pósocupação. Deixo de ser eu para ser um sonho nosso. Um sonho insano.
A nossa tática é o beijo
A nossa estratégia é o amor
Nosso objetivo? O subjetivo
Nosso foco: o sentimento.
Nossa vida, nossa impropriedade, nosso bem maior.
Nosso amor, o maior bem.
São esses langores ínfimos que lhe direi ao telefone, quando pressionar a tecla talk ou lançar mão ao monofone e dizer:
— Alô?.
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